terça-feira, 17 de abril de 2012

Consequências da carne


“A vida tem sua própria sabedoria. Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata. Quem tenta ajudar o broto a sair da semente o destrói. Há certas coisas que têm que acontecer de dentro para fora”. Rubem Alves

Não podemos mudar ninguém, apenas relatarei fatos para que possamos saber no que isso implica, fomentando a consciência de que somos responsáveis.

Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podia, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver.

O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro “Comer Animais”, em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto.

Criar animais de consumo é uma forma muito ineficiente de utilização dos recursos, sendo uma das principais responsáveis pela derrubada das florestas, como ocorre hoje na Amazônia. A indústria da carne é uma das principais consumidoras e contaminadoras da água doce do Planeta, um recurso cada vez mais escasso. Os dejetos produzidos pelos animais criados em sistema de confinamento causam graves problemas ambientais. Para alimentar todos estes animais criados artificialmente são necessários – além de espaço, enorme quantidade de grãos e cereais que poderiam ser dados diretamente para os seres humanos.

“Em um mundo onde a fome é uma realidade, o comer carne torna-se eticamente inaceitável”, afirma Marly Winckler, presidente da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) e coordenadora para a América Latina e o Caribe da IVU (União Vegetariana Internacional).

O relatório de 2006 da Organização de Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) chamado “A grande sombra da pecuária” (Livestock’s Long Shadow, em www.fao.org/newsroom/en/news/2006/1000448) concluiu que a pecuária global contribui com mais gases que causam o efeito estufa do que todas as formas de transporte: assustadores 18% da emissão total (em equivalentes de CO2).

A produção de carne e outros produtos de origem animal para alimentação contribuem significativamente com a emissão dos gases, respectivamente 9%, 37% e 65% da emissão total mundial de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.

Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gases estufa, 40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.

O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufa, principalmente por causa das queimadas e do desmatamento da Amazônia. A criação de bovinos e o cultivo de grãos principalmente usado para alimentá-los são responsáveis por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.

Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, os efeitos desses gases são mais marcantes, dado que o metano e o óxido nitroso são 23 e 296 vezes mais prejudiciais que o dióxido de carbono.

Um estudo da Universidade de Chicago verificou que a dieta americana média, incluindo todas as etapas do processamento dos alimentos, produz anualmente 1,5 toneladas de equivalentes de CO2 a mais do que a dieta sem carne. O total anual de cereais que alimenta o gado no mundo inteiro é de cerca de 735 bilhões de quilos. Para transportar esta quantidade por comboio seriam necessários 12.3 milhões de vagões cheios de cereal. Este comboio facilmente poderia circuncidar o equador 6 vezes.

A maioria dos países ocidentais usa para além do seu próprio território grandes extensões do território de países em desenvolvimento para pastagens. O uso do território estrangeiro chega a ser seis vezes maior do que o próprio. Países como a Tailândia, Malásia, Brasil e a Argentina contribuem enormemente para a produção de rações para gado, e quase um terço destas é produzido em países do Terceiro Mundo. Por exemplo, para alimentar a população holandesa há no país e fora dele por pessoa cerca de 1,20 hectares de terra cultivada em uso, enquanto que de fato por cada indivíduo no planeta só há 0,2 hectares de terra disponível (1 hectare equivale a 10.000 m²).

Cada indivíduo utiliza certa porção do espaço do planeta, e quanto espaço ele usa depende do seu padrão individual de consumo. Por meio do Impacto Global é possível traduzir este espaço em números, expressos em hectares.

No ocidente consume-se agora muito mais carne do que antigamente. Os veganistas que se abstêm totalmente do consumo de carne e da utilização de animais, poupam cada um a vida de (aproximadamente) 6 vacas, 45 porcos e de centenas de frangos (números aplicáveis aos Países Baixos).

A indústria pecuária intensiva condena os animais nas explorações a um sofrimento enorme. Diminuindo o consumo de carne, diminuímos também o seu sofrimento.

A seguir, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados.

Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.

Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.

Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarréia.

Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantêm a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos. Não é incomum porcos, aguardando o abate, terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.

Com 38 milhões desses animais, o Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.

Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.

Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.

Produtores de ovos muitas vezes manipulam a comida e a luz a fim de aumentar a produtividade. O objetivo é reprogramar o relógio biológico das galinhas para que comecem a pôr os ovos mais cedo. Galinhas criadas em escala industrial põem mais de 300 ovos por ano – duas ou três vezes mais do que na natureza.

A maioria dos filhotes machos das galinhas poedeiras é destruída por não terem “valor comercial”. Boa parte dos pintinhos é sugada por canos até uma placa eletrificada. Outros são enviados para trituradores.

Na produção industrial, a galinha não é criada de forma livre – não pode andar, ciscar e reproduzir seu comportamento natural. Muitas vezes até quatro animais são colocados numa mesma gaiola de meio metro quadrado. O estresse do confinamento e da superlotação provoca o canibalismo. Para não correr o risco de uma galinha devorar a outra, os bicos são cortados desde cedo.

Assim como os porcos, aves criadas dessa forma industrial são focos para o aparecimento de novos vírus que podem infectar o homem.

As galinhas de antigamente tinham uma expectativa de vida de 15 a 20 anos, mas o frango de corte moderno é abatido em seis semanas.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China. Em 2009 foram abatidos 4,7 bilhões de frangos no país.

A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.

De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobraram apenas um. Muitos cientistas prevêem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.

Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.

Aproximadamente 1,4 bilhões de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).

Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.

Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.

A maioria do salmão que comemos vem da piscicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.

Durante a transformação de proteína vegetal em proteína animal é desperdiçado uma grande quantidade de nutrientes. São necessários 4 quilos de proteínas vegetais (rações para o gado) para produzir apenas 1 quilo de proteína animal.

A produção de carne custa aproximadamente 14,7 vezes mais energia do que a produção de vegetais. Um quilo de carne de vitela é comparável a 100 quilos de batata em valor energético. Um campo de pasto normal produz 330 quilos de carne. O mesmo campo pode alternativamente chegar a produzir 40.000 quilos de batata.

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), são necessários, em média, 1.500 litros de água para gerar um quilo de batata e dez vezes mais (15 mil litros de água) para produzir um quilo de carne.

Ex:

Boi Consome 37 kg de alimento / por kg de carne

ÁGUA - 16 mil litros

Espaço - 30 m2 confinado, livre, 10 mil m2 de floresta desmatada

CO2 - 24 kg / por kg de carne

É necessária muito menos água para alimentar um vegetariano estrito durante um ano do que a necessária para alimentar um carnívoro durante apenas um mês. Um país como a Holanda usa por ano tanta água para a produção bovina como a que poderia abastecer de água a terça parte da população mundial.

No ocidente os maiores contribuintes para a chuva ácida que afeta as florestas são a indústria pecuária intensiva e o trânsito. Uma vez que os fertilizantes são um dos maiores contribuintes, o ambiente beneficiaria enormemente duma diminuição da produção.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.

O departamento de Comida e Agricultura da Organização das Nações Unidas lançou um relatório onde mostra a média de consumo per capita de carne em todo mundo. A estatística indica os resultados pesquisados durante o ano de 2010.


PAÍS 2007 2006 2005 2004 2003 2002

01º Luxemburgo 136.73 138.37 137.84 134.91 145.97 145.91

02º Estados Unidos 122.79 123.9 123.64 124.05 121.45 122.76

03º Austrália 122.70 110.55 115.6 105.8 115.52 107.98

04º Nova Zelândia 116.81 109.79 103.36 109.37 107.52 104.65

05º Espanha 111.56 107.5 108.08 108.58 118.89 119.75

06º Polinésia Francesa 108.61 98.38 101.92 106.08 102.16 102.99

07º Áustria 103.18 100.63 109.88 113.04 111.75 111.59

08º Chipre 102.18 100.05 104.37 100.41 99.68 106.3

09º Israel 98.89 102.13 99.65 99.23 98.19 97.62

10º Canadá 98.83 95.46 95.23 99.5 99.01 100.66

34º Brasil 80.49 77.89 74.54 81.27 79.76 78.81


Consumo mundial médio de 48, 66667 Kg per capita (kg/pessoa/ano) de carnes bovina, suína e aves, 2010. Na média, cada brasileiro come 80 kg de carne por ano.

O consumo de carne cresce à medida que cresce o salário, e se tem recursos, porém esta verdade só é válida até certo ponto; conhecido como “ponto de saturação”. A tendência de crescimento é constante até atingir 80 a 100 kg de consumo per capita por ano... ...No ano 2020, o consumo per capita de carnes continuará alto nos países Desenvolvidos. Porém, por estar já próximo ao ponto de saturação, o crescimento do consumo terá uma menor intensidade. A população dos países Desenvolvidos, que consumia 74 kg per capita em 1983, deverá aumentar seu consumo para 83 kg em 2020, segundo dados da FAO.

Hoje há no mundo mais de 50 bilhões de animais de criação destinados todo ano ao abate. Além do grande impacto ambiental global, isso contribui de forma significativa para a destruição das florestas tropicais e outros habitats importantes, a extinção rápida de espécies, o desgaste e a erosão do solo e outras ameaças ambientais. Devido ao seu grau elevado de ineficiência se comparada à produção de proteína vegetal, a pecuária exaure, de modo desproporcional, as reservas já pequenas de água potável, terra, combustíveis e outros recursos. Para piorar, o relatório da FAO prevê um aumento da demanda de produtos de origem animal que, até 2050, dobrará o número de animais de criação.

O mais preocupante é que a Mesa-Redonda Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo composto de centenas de cientistas importantes do mundo todo, prevê efeitos catastróficos se não houver mudanças rápidas. Vários cientistas renomados do setor advertem que, caso as condições atuais continuem inalteradas, em dez anos o impacto ambiental pode fugir ao controle.

Além dos benefícios ambientais, décadas de pesquisas indicam que, se a população em geral trocasse a carne e outros alimentos de origem animal por alimentos vegetais, isso reduziria drasticamente as doenças cardíacas, o câncer, a obesidade e outras doenças crônicas degenerativas que hoje em dia geram custos globais de trilhões de dólares em assistência médica. Diminuir a escala global de pecuária também permitiria que a terra arável, a água potável e outros recursos agrícolas alimentassem centenas de milhões de pessoas a mais. Como nos alertam ecólogos de renome como Eugene Odum e Garry Barrett, “quando se pensa a respeito da pressão da população sobre os recursos naturais e o meio ambiente, não se deve esquecer que não somente existem mais animais domésticos do que pessoas no mundo, mas que esses animais também consomem cerca de cinco vezes mais calorias do que as pessoas”.

A questão não é inerente apenas a ética e a biologia, é bem mais profunda e melindrosa. Alguém já se atreveu a questionar o insondável mecanismo universal?

“O universo é permeado pela angústia”.

Todos os animais irracionais e pseudo-racionais vivem estimulados pelo medo de não terem êxito em três premissas instintivas, sobreviver a qualquer custo, alimentar-se e reproduzir-se, toda nossa vida é projetada em função deste tripé.

A maioria pseudo-racional está satisfeita em serem animais, se comparam, querem continuar sendo e agindo como tal. Se recusam a continuar a jornada evolutiva, não querem acordar, a ilusão é confortável. A letargia cômoda afaga o intelecto moral a ponto de convencê-lo de que a lei tirana do mais forte sobre o mais fraco é naturalmente divina.

Que natureza doente é essa? Natureza que obriga todas as criaturas a se alimentarem do sofrimento alheio. O leão estraçalha a sua presa instintivamente. Porque ele não tem escolha?

Nós temos. Temos a razão filosófica, teoricamente desperta, é isso que nos possibilita sermos diferentes dos demais animais. Recusamos usá-la por fraqueza, medo, covardia moral. Isso é ignorar os fatos. Temos condições de agirmos diferentes, porem continuamos agindo semelhante a uma criança que domina suas necessidades fisiológicas, mas não se desfaz da comodidade das fraudas.

Porque não é diferente? Cadê a dignidade amorosa? Que tipo de Criador perfeitamente amoroso seria autor de tamanha crueldade? Se nos basearmos nas premissas selvagens, defendida por muitos, porque não comemos carne humana? Já que varias espécies são canibais. Se a ética é ambígua, particularidade individual, por que o canibalismo humano é abominável?

A maioria aqui não é contra quando se trata de uma vaca, porco... Qual a diferença?

O tirocínio humano é peculiar, o que torna os pontos de vista divergentes.

Mais de 50 bilhões de animais, sem contar os aquáticos, passam por isso todos os anos e é normal, não é? A alienação ancestral esta arraigada em nós, somos condicionados, meu bisavô, avô, pai, fazia então faço também.

Façamos jus ao nosso titulo de racionais, exercitemos a nossa razão filosófica, comer carne é um crime, fere a dignidade existencial individual, toda criatura tem direito pleno de exercer a vida.

Nós teoricamente sabemos disso, um leão não. Essa é a diferença, nós possuímos o livre arbítrio de escolher e abdicamos dele.

Não seja animal, seja humano. A escolha é sua.

"A maior parte das pessoas (quando descobrem) parecem horrorizadas com o fato de possuírem uma alma, e com a responsabilidade de mantê-la pura." Alan Moore

Fontes 2010 U.S. Greenhouse Gas Inventory Report; Water Footprint Network; Slow Food USA; A Greenhouse Gas Footprint Study for Exported New Zealand Lamb (março de 2010); Embrapa Gado de Corte; Embrapa Pecuária Sul; Alexandre Confessor, gerente do Projeto de Caprinos da Emater-RN; FAO, Ministère de l’Agriculture et de la Pêche (France), Department for Environment, Food and Rural Affairs (UK)

http://super.abril.com.br/alimentacao/qual-carne-mais-ecologica-614463.shtml

http://cantinhovegetariano.blogspot.com.br/2011/12/somos-todos-de-carne.html

http://pt.engormix.com/MA-pecuaria-corte/artigos/perspectivas-producao-mundial-carnes-t140/p0.htm

http://vista-se.com.br/redesocial/consumo-mundial-de-carne-per-capita/

http://poramoraosanimais.blog.terra.com.br/2007/11/

http://bibliaeaciencia.blogspot.com.br/2012/03/do-que-e-feita-salsicha.html

http://hypescience.com/carne-processada-pode-causar-cancer-de-pancreas/

http://cantinhovegetariano.blogspot.com.br/2012/04/trio-e-preso-acusado-de-matar-comer-e.html

http://ainanas.com/must-see/tailandeses-canibais-comem-humano-em-angola/

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